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O
Livro da Tribo, agenda editada em São Paulo e comercializada nacionalmente, traz poemas de 64 autores na edição 2010. Mais uma vez participo, junto a poetas como Lau Siqueira, Ulisses Tavares, Leila Mícolis, Ricardo Mainieri, Liria Porto, Cairo Trindade e outros.
"Cartilha, um poema em /a/, propõe que a palavra seja apenas um
vasto caminho para a/
mais laica ação imuninada", escreveu Arthur Hentz nas orelhas do livro
Plano de Navegação.
A visão crítica da função e do alcance da palavra, evidentemente, não retira desta aquilo a que se referiu Freud (1935) diante da expansão nazista, em carta de congratulações ao sexagésimo aniversário de Thomas Mann: “não são por acaso atos as palavras de um autor?” O nazismo já se estendia sobre a Áustria, e Freud dizia ao grande escritor alemão acreditar que este jamais escolheria outro caminho que não o da justiça, postulando a necessidade de indicá-lo também aos outros através de suas palavras (desnessário dizer que não se derrotaria o horror e a ação bélica dos nazistas apenas com elas). Thomas Mann não o decepcionou: emigrou para os Estados Unidos e participou ativamente do movimento intelectual contra o nazi-fascismo. (Ver MENEGHINI, Luís Carlos.
Freud e a literatura. Porto Alegre: UFRGS, 1972, p. 49).
.....CARTILHA .....na palavra
..ama a casa
......manada pastando paisagens.
vasto caminho para a
.....mais laica ação iluminada.
......da palavra
...não aguardes nada:
...........................faz.
.....Sidnei Schneider
Há várias opções de capa. Miolo
colorido com poemas
e imagens.