HEITOR SALDANHA 100 ANOS: ROLANDO COMO UM TROVÃO
Sobranceiro é uma palavra que combina bem com ele, de vastas sobrancelhas, rosto vincado pelas galerias do tempo, embora despretensioso e humilde. Cresceu em meio à natureza na região serrana de Cruz Alta, entre os rios Fiúza e Caxambu. Era o mais velho de onze irmãos, numa família que buscava a subsistência na agricultura e no comércio, depois migrada para a cidade. O pai, Otávio Saldanha de Vasconcelos, era repentista, tocava violão e cantava, e escrevia bilhetes que o filho achava “incríveis”. A mãe, Dona Amélia Gonçalves Dias Saldanha de Vasconcelos, era descendente do poeta Gonçalves Dias e fazia lá seus poemas. Heitor não foi enviado para a escola, precisava ajudar o pai, e começou a estudar mais tarde. Em 1939, publicou seu primeiro livro, Casebre, versos iniciais depois renegados.
Telegrafista ferroviário em Porto Alegre, a partir de 1947 integrou-se ao Grupo Quixote, nacionalmente reconhecido e com atuação poética marcante até 1961, junto a Raymundo Faoro, Paulo Hecker Filho, Luís Carlos Maciel, Sílvio Duncan, João-Francisco Ferreira, Vicente Moliterno, Pedro Geraldo Escosteguy, Wílson Chagas, Fernando Castro, Joaquim Azevedo e outros. Em 1951, publica os versos de A outra viagem; em 1953, a novela Terreiro de João sem Lei; em 1954, a premiada novela Apenas o verde silêncio, produção coletiva sob o pseudônimo de Antônio Damião.
POETA DOS MINEIROS DE CARVÃO
Além da literatura, tinha outro encanto: “Sempre me fascinou a vida dos homens que trabalhavam nas minas de carvão”. No início dos anos 50 decidiu trabalhar numa delas, na região de São Jerônimo. “Todos os dias eu descia ao fundo do poço e via como era a vida de um mineiro. Trabalhei ali uns dois anos e meio e encontrei o tema de As galerias escuras. Foi uma forma de sair em busca da poesia, embora não seja necessário que para se escrever sobre alguma coisa se participe diretamente dela” (Depoimento para o fascículo Autores Gaúchos). “Conheci no fundo de mina a luta dos trabalhadores da mineração. Isso me deu uma mais ampla visão de vida e de sentimento humano, temperando melhor meu instrumento de expressão” (Entrevista a Jorge Adelar Finatto). Mais tarde, os mineiros souberam do livro e dos poemas e deram a Saldanha uma lanterna de mina de presente. Uma pessoa chamada Elen, que absolutamente desconheço, me deu notícias dela em 2008, ao comentar um texto que eu havia publicado no meu blogue: “Conheci Saldanha apenas agora, estou indo morar num apartamento que foi dele. A lanterna que ganhou dos carvoeiros ainda está lá, fiquei encantada com a história”.
Um bom tempo foi necessário para associar aquele poeta da FRACAB, o Saldanha, como o chamavam, ao autor dos versos que agora releio e investigo. Uma antiga lanterna de metal exposta na minha casa, daquelas movidas a carbureto e oriunda da mesma região carbonífera, recobriu-se de novos significados. Se antes lembrava o trabalho quase desumano dos mineiros, as gravuras de Danúbio Gonçalves sobre o tema, o romance Germinal de Émile Zola, o trabalho infantil nas minas britânicas nos versos de O limpador de chaminés de William Blake, a mina de Criciúma que conheci, o início da sociedade industrial e do movimento obreiro, passou a incorporar a contribuição de Heitor Saldanha.
Em A morte do tocador de carro, tema difícil de ser tratado sem perder de vista a continuidade da luta, a incrível onomatopeia do carro a rolar nos trilhos, que se repete ao longo do poema, afasta a eventual melancolia ao reverberar o seu estrondo:
O grito estancou o silêncio.
(...)
Escuta,
escuta que ainda se ouve
vir de longe o carro dele
rolando como um trovão
Esse poema de As galerias escuras (1968), livro escrito em 1954, figurou antes no volume dois (de três) da coleção Violão de rua (1962), organizada pelo poeta Moacyr Félix junto à Civilização Brasileira e vendida aos milhares pelo Centro Popular de Cultura da UNE em estações de trem, centros urbanos e universidades. Saldanha participa ao lado de poetas hoje reconhecidos, como Ferreira Gullar, Joaquim Cardozo, José Carlos Capinam, Afonso Romano de Sant’Anna e outros.
Em Companheiros, a integração entre o poeta-mineiro e seus colegas ganha qualidade e se traduz esteticamente. A palavra “terno”, por exemplo, que designa um dos três turnos de trabalho de uma mina, divididos pelo apito que chama uns e dispensa outros, desdobra-se em “turno”, “interno”, “lanternas” e ecoa seu outro sentido, relativo à terna solidariedade que vai nesse ígneo compromisso:
Quando o apito da mina
entrar o fundo da noite
chamando pro amor ou pro trabalho,
embora faça frio
vão me chamar.
(...)
Quando for a hora de trocar os ternos,
quando o turno fechar seu ciclo interno,
o pão estiver escassso
e as lanternas
tremerem nesses pulsos combatentes,
saibam que estou à escuta
em qualquer parte
e sempre trabalhando entre vocês.
Em qualquer emergência,
em qualquer tempo
podemos compartir nossas tarefas:
trabalhamos às vésperas do fogo.
Por isso meus irmãos vão me chamar.
RIO DE JANEIRO E CLARICE LISPECTOR
Em 1958 foi morar no Rio de Janeiro com a contista gaúcha Laura Ferreira, com quem havia casado um ano antes. “Aí a vida foi intensa”, comentava. Conheceu Carlos Drummond de Andrade, Aníbal Machado, Clarice Lispector, Ferreira Gullar, Helena Jobim, José Louzeiro, o paulista João Antônio que se mudara para lá, os irmãos Campos e Décio Pignatari. Houve de tudo um pouco: noites boêmias, debates, agitação, poesia. E o nascimento de seu filho, André, título de um poema escrito anos mais tarde e publicado em A hora evarista (1974):
nos parecemos tanto
eu e meu filho
que brigamos sem saber por quê
e nos amamos sem saber por quê
mas ele é jovem e inteli-gente
espero um dia
nos compreendamos sem saber por quê
Nesse período, o Teatro de Equipe (1958-1962), grupo porto-alegrense composto por artistas que depois teriam projeção nacional, como Paulo José, Paulo César Peréio, Ítala Nandi, Lilian Lemmertz, Nilda Maria e Fernando Peixoto, edita o álbum As minas, com poema de Saldanha e dez gravuras de Waldeni Elias. Em Buenos Aires, uma coletânea de seus poemas é traduzida para o espanhol por Atílio Jorge Castelpoggi e publicada no livro Muestra (1963). No Rio de Janeiro, vem a público Nuvem e subsolo (1968), reunião de A nuvem e a esfera e As galerias escuras, retornando o poeta a Porto Alegre no início de 1970.
Um poema escrito para a grande amiga, originalmente publicado na Folha da Tarde da capital gaúcha, a 7 de janeiro de 1978, serve para exemplificar a necessidade de catalogação da sua poesia esparsa:
ONTEM MORREU CLARICE LISPECTOR
Hoje talvez anoiteça
mais cedo ou
amanheça
maiscedo ou
anoitemanheça.
Hoje não é aqui
nem nunca.
Hoje só não pode ser ontem.
Hoje estou no Treviso
com o Edgar Koetz.
Hoje estou na Volunta
com Zina Loreto.
Hoje estou com o Paulo
na cidade-baixa.
Hoje no 111
estou lendo um romance
de uma bela menina.
Hoje a grande amizade
nasceu de um abraço
na Senhor dos Passos.
Hoje estou com o Grupo
num canto do Huberthus.
Hoje estou com o Mário
no Guaraxaim.
Hoje estou de volta
de onde nunca estive.
Hoje estou sarrafo,
muafo, afo.
Hoje cada instante
tem cara de inseto.
Hoje estou numa serra
entre roças e rios,
hoje sou acidente
e morri de repente.
Hoje cruzei o fundo
das águas extremas,
levaram Vicente.
Hoje sou um instante
vivendo no Leme.
Hoje tenho a cabeça
e os pés numa síntese.
Hoje sou o cavalo
dos meus desajustes.
Hoje sou o estrabismo
que encurva as distâncias.
Hoje estou neste bar
entre gente festiva.
Hoje estou nesta mesa
bebendo sozinho.
Hoje é quando não sei
mais notícias de mim.
Hoje tudo é possível.
Ontem, não.
Ontem, não.
Ontem não é possível.
Ontem não é possível.
Clarice morreu.
QUINTANA E INÉDITOS
Mario Quintana e ele eram bons amigos, ainda que não desprezíveis as diferenças poéticas e pessoais: o primeiro mais lírico, talvez o único exemplo de lírico bem-humorado, embora um tanto alheio e às vezes até carrancudo no diário; o outro mais voltado aos trabalhadores e ofendidos, com atuação política e de modos serenos, portador de um acento trágico.
No último livro, A hora evarista (1974), que dá título à reunião de quatro livros de poesia – além desse, A nuvem e a esfera, As galerias escuras e A outra viagem – reflete sobre a sua função:
CAMINHOS
(...)
darei vida ao delicado
com meu ímpeto agressivo
esse o meu jeito de amar
(...)
Mais tarde, La hora evarista (1991), tradução dos quatro livros por Héctor Báez, seria publicada em nosso país tendo em vista as nações que fundaram o MERCOSUL, vizinhas do Rio Grande do Sul.
Em 1981, ao poeta e jornalista Jorge Adelar Finatto, Saldanha revelou: “Tenho três livros inéditos, engavetados: Galgonda e outros motivos, poesia; Canção para ninar gigante, poemas humorísticos, e o já mencionado Tribino” (o poeta havia citado um trecho, rememorativo da sua infância na Serra do Caxambu). Há registro, também, da existência da novela Fundo de mina. Onde estão esses livros? Não fosse a oficializada despreocupação com a cultura do estado e o sucateamento do Instituto Estadual do Livro, haveria disposição prévia para a edição dessas obras e as devidas comemorações públicas do centenário.
Bibliografia:
1)BERNARDI, Francisco. As bases da literatura rio-grandense. Porto Alegre: AGE, 1997.
2)BIASOLI, Vitor. Grupo Quixote: história e produção poética. Porto Alegre: EDIPUCRS/IEL, 1994.
3)DAMIÃO, Antônio (pseud. coletivo de Sílvio Duncan, Joaquim Azevedo, Jorge Cezar Moreira e Heitor Saldanha). Apenas o verde silêncio. Porto Alegre: Globo, 1954.
4)FELIX, Moacyr (Org.). Violão de rua II. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1962.
5)FINATTO, Jorge Adelar. Para não esquecer Heitor Saldanha, o poeta de “A hora evarista” (entrevista de 1981). www.poaboa.com.br/index.php?option=com_content&task=blogsection&id=8&Itemid=61 : 03.03.2010, 1h29min.
6)FISCHER, Luis Augusto. Um passado pela frente, poesia gaúcha ontem e hoje. 2ª ed. Porto Alegre: Universidade/ UFRGS, 1998.
7)____. Literatura gaúcha. Porto Alegre: Leitura XXI, 2004.
8)SALDANHA, Heitor. Casebre. Porto Alegre: Selbach, 1939.
9)____. A outra viagem. Porto Alegre: Arte no Rio Grande: 1951.
10)___. Terreiro de João sem lei. Porto Alegre: [s.n], 1953.
11)___. As minas, 10 gravuras de Waldeni Elias. Porto Alegre: Teatro de Equipe, s.d.
12)___. Muestra. Trad. Atílio Jorge Castelpoggi. [Buenos Aires]: Mirto, 1963.
13)___. Nuvem e subsolo (reunião de A nuvem e a esfera e As galerias escuras). Rio de Janeiro: Leitura, 1968.
14)___. A hora evarista (reunião de A outra viagem, As galerias escuras, A nuvem e a esfera e A hora evarista). Porto Alegre: Movimento/IEL, 1974.
15)___. La hora evarista, visión en español. Trad. Héctor Báez. Porto Alegre: IEL/ IGEL, 1991.
16)___. Autores Gaúchos, v.2, Instituto Estadual do Livro, 5. ed., Porto Alegre: IEL, 1997.
17)SCHÜLER, Donaldo. A Poesia do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto/IEL, 1987.
18)ZILBERMAN, Regina. A literatura no Rio Grande do Sul. 3ª ed. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1992.
Marcadores: Heitor Saldanha
12 Comments:
LUIZ ANTONIO DE ASSIS BRASIL:
Meu caro Sidnei, buenas
Parabéns pela iniciativa. Quando eu fui diretor do IEL, minha prioriade foi fazer o fascículo do Saldanha. E consegui, graças ao empenho da minha equipe.
Sabes onde está o acervo literário do Saldanha [originais, correspondência, fotos, livros etc.]? O DELFOS, da PUC, que eu agora dirijo, teria muito prazer em acolhê-lo, dando-lhe tratamento técnico adequado e disponibilizando-o para consulta pública.
Abraço do
Assis Brasil, 19 abril 2010
LAU SIQUEIRA:
Sidnei, velho, que belo resgate!A boa poesia gaúcha, parece, vive de memória esquecidas. Belo ensaio! HS nasceu no ano e no mês do meu pai, que era funcionário dos Correios e Telégrafos e nunca escreveu um verso, mas em mim é pura poesia. Heitor era, também a meu ver, um lírico... um lírico das miragens concretas. Um grande abraço!
Lau Siqueira, João Pessoa-PB 19/04/2010 - 23:10
ALEXANDRE BRITO:
Sidnei, obrigado. obrigado por jogar luzes sobre o poeta. conheço do Heitor Saldanha poucos poemas esparsos. um, lido pelo Paulo Hecker Filho, é este sobre o filho Andre. não é dificil entender sua identificação com o poema. ouvi do Paulo palavras carinhosas sobre ele, embora, as entrelinhas, transparecessem cuidados com alguma cicatriz antiga. boa levantada de bola parceiro. vou me enfronhar nos sebos atrás do Saldanha. as sombras que lhe caem bem são as das lanternas de carbureto, bruxuleantes, não as do esquecimento. a poesia agradeceSidnei. abraço.
Alexandre Brito, Porto Alegre - RS 20/04/2010 - 01:22
RICARDO MAINIERI:
Sidnei, conheci a poesia de Heitor Saldanha, através do livro Solo e Subsolo.
Muito me impressionou sua abordagem existencial e política, impregnada de um lirismo doce-amargo.
Depois, conheci sua participação no grupo Quixote e certos detalhes de sua trajetória pessoal e poética que me foram apresentados pelo amigo e escritor Jorge Adelar Finatto.
Oportuna tua abordagem.
Certos erscritores devem, sempre, permanecer em nossa memória, nestes tempos de poucas luzes culturais.
Abs.
Ricardo Mainieri
MARIA CARPI:
Sidnei, compartilho do agradecimento pelo resgate de Heitor.
A Hora Evarista é o melhor livro quando quero presentear alguém que gosta de POESIA.
Já li em alta voz poemas seus no Conselho de Cultura e em outras oportunidades.
Conheci-o pessoalmente.
Gostaria de que, comemorando os 100 anos, pudéssemos formar uma comissão ou uma curadoria para reunir sua obra e novamente publicá-la como fez o IEL e a Movimentdo com a obra de Lila Ripoll. Com ela, Heitor foi combatente da grande utopia de não esquecermos da nossa humanidade.
A poesia de Heitor me lembra César Vallejo: comoção, comoção, comoção.
Forte abraço, da amiga
Maria Carpi, Porto Alegre/RS 20/04/2010 - 09:11
JOSÉ EDUARDO DEGRAZIA:
Meu caro Sidnei, que bom ler alguma coisa sobre o meu saudoso amigo e grande Poeta Heitor Saldanha. O conheci na antiga rádio Guaíba, onde ele tinha um programa onde lia poemas, e na redação do Correio do Povo. É um dos poetas mais importantes do século XX, e no entanto, tão pouco se comenta as obras dele. Fino texto o teu, Heitor Saldanha merece. Abraço. Degrazia, Porto Alegre - RS 20/04/2010 - 12:09
JORGE REIN:
Sidnei:
A vida me ensinou a desconfiar dessas datas redondas em que é ressuscitada uma obra ou um artista e se rebate sempre na mesma tecla do esquecimento visto como uma injustiça. A vida me ensinou a não fazer questão de conhecer a biografia de um artista (ou mesmo o próprio artista) fora do estrito território da obra, que é a ponta do iceberg q. Depois de ler teu texto, sou obrigado a conceder o benefício da exceção a Heitor Saldanha e à sua poesia.
Jorge Rein, Porto Alegre - RS 20/04/2010 - 19:52
FELIPE AZEVEDO:
Sarrafo, muafo, afo!
Maravilhoso!
Não conhecia este poeta!
Grato grande Sid por esta oportunidade de aprender!
Felipe Azevedo
Felipe Azevedo, Porto Alegre/RS 25/04/2010 - 22:53
JOSÉ ANTÔNIO SILVA:
Meu caro Sidnei, texto impecável sobre um grande poeta que tu, assim - de modo muito importante -, ajudas a manter vivo, enquanto atiças nossa curiosidade. Tens toda a razão: "a oficializada despreocupação com a cultura do estado e o sucateamento do Instituto Estadual do Livro" é a exata e trágica tradução do que hoje vivemos no RS. Mas Saldanha era de briga: lutar pela obra dele é fazer-lhe justiça. Parabéns!
E antes que eu esqueça: que belo e dolorido poema aquele sobre a morte de Clarice.
José Antônio Silva, Porto Alegre / RS 01/05/2010 - 22:28
MARILICE COSTI:
legal, não o conhecia.
abraço
Marilice,19 abril 2010
Sidnei, achei o ensaio preciso como um cruzamento. Em si mesmo, se diria, ele expõe a complexidade da questão do arquivo, quando propõe, indiretamente, uma leitura de Saldanha no contato com Clarice e com os Concretos. Li há dias. Voltei hoje para comentar. Que repercussão. Trabalhei no IEL (Cláudio Levitan, julho de 2002 a dezembro de 2002), organizando o arquivo como estagiário. Acho que o problema do acervo não é simples, mexer na biblioteca é mexer com fogo, você sabe. As instituições estão prontas para acolher, "tudo é feito com exata ciência", como escreveu Maria Carpi, em "Palavra Tombada".
darei vida ao delicado
com meu ímpeto agressivo
esse o meu jeito de amar
Abraço,
José Virgílio.
bah, Sidnei, belo ensaio que considero “um achado”. o nome do poeta não me é assim tão estranho, mas só ouvir e “saber” de nome não é conhecer seu trabalho. vou em busca de mais, o que faço graças ao teu texto. muito obrigada. abraços!
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